Será mesmo que estamos vivendo um período de deflação ou é apenas reflexo das medidas de redução dos preços de combustíveis e de energia elétrica?
Neste artigo, você descobrirá o que é a deflação, qual a diferença para a inflação e como esse conceito pode impactar nos seus investimentos. Confira!
O que é deflação?
A deflação ocorre quando há uma queda em vários grupos de produtos e serviços de uma forma contínua, sendo observada de maneira consistente no longo prazo.
Basicamente, a oferta é maior do que a demanda, ou seja, as pessoas deixam de comprar por não estarem dispostas ou não terem condições suficientes.
Qual é a diferença entre deflação e inflação?
Para um entendimento didático, a inflação é exatamente o oposto da deflação. Portanto, significa que há um aumento generalizado dos preços no longo prazo.
Há também o conceito de desinflação, que muitos economistas utilizam, cujo significado é uma redução pontual da inflação. Os preços sobem, mas de uma maneira reduzida.
Qual é o atual cenário do Brasil nesse quesito?
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a nossa medida de inflação, apresentou um recuo histórico de 0,68% em julho e outro recuo de 0,36% em agosto.
A tendência ainda não é de deflação, pois, de acordo com o último Boletim Focus, relatório de métricas econômicas do Banco Central, fecharemos 2022 com 6,61% de inflação.
Partindo do princípio de que a meta de inflação do Banco Central é de 3,5% para este ano, nota-se que alguns preços caíram, mas o cenário ainda é de inflação.
Qual é o impacto da deflação nos investimentos?
Do ponto de vista da renda fixa, títulos indexados ao IPCA podem sofrer correções para baixo, sendo mais vantajoso então investir em LCIs, CDBs e títulos do Tesouro Selic.
Já na renda variável o entendimento é bem simples: se as empresas têm dificuldades de vender, torna-se difícil ter uma boa performance na bolsa e distribuir proventos aos acionistas.
Quais são os riscos da deflação?
Com um horizonte no longo prazo, a deflação contínua pode representar sérios riscos à economia. A seguir, veja como isso reflete em cada setor do país.
Indústria
Com uma demanda menor do que a oferta, pode haver uma diminuição considerável na produção, tendo consequências na gestão de estoque, logística e projetos de inovação.
Comércio
A deflação prolongada pode significar estagnação, fazendo com que os comerciantes tenham que baixar os preços constantemente para se manterem competitivos.
Serviços
O setor de serviços é um dos que mais gera empregos no Brasil. No entanto, a deflação contínua modifica essa curva e muitas empresas tendem a quebrar, elevando a informalidade.
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